quinta-feira, 24 de junho de 2010

TREINADORES X IMPRENSA

Precisa disso?

Será que precisamos considerar os treinadores de futebol e suas comissões como ilhas de burrice?! Se for, deve ser cercada por tubarões demagogos inteligentes! Será que membros da imprensa esportiva são realmente maldosos e aproveitadores como dizem? Se for, já teriam derrubando mil treinadores!
Não é bem assim meus amigos que a coisa funciona, somos todos profissionais buscando fazer o melhor, o melhor que muitas das vezes nós julgamos ser, as vezes de maneira equivocada, o melhor que de acordo com nossas convicção vai nos fazer crescer mas no ímpeto deste crescimento deixamos o peso emocional interferir de maneira negativa.
A gente vai passar pelo esporte, pelo cenário e pelo foco momentâneo, mas é passageiro senhores!!!
Cada um tem um vida profissional, pessoal e famíliar e o que foi feito, foi feito.
Aquela velha frase que diz que não podemos criar um novo início mas podemos realizar um fim diferente(é mais ou menos assim), vale para o que está acontecendo neste momento entre os profissionais do futebol e dos meios de comunicação.
Vamos escolher o que vai ser daqui pra frente, ninguém é inimigo de ninguém. Aliás a gente escolhe os nossos inimigos.
E por fim, chega de demagogia minha gente: o que é certo é certo, o que é errado é errado não importa de onde venha.
Vamos sair de cima do muro.
Obrigado
Wladimir Braga

segunda-feira, 21 de junho de 2010

FUTEBOL DE BASE - PILARES DO SUCESSO NA REVELAÇÃO DE TALENTOS

São 3 os pilares para o sucesso no processo de formação e revelação de talentos:

1-Captação
2-Estrutura
3-Metodologia

  1. A captação é a busca do jovem em potencial para se transformar em atleta de futebol de alto nível, quem consegue buscar os atletas mais qualificados dentro de um perfil físico, técnico e tático exigidos no futebol moderno faltalmente será o clube que vai lucrar, desde que também esteja de acordo com os dois itens seguintes.
  2. A estrutura seja física com alojamentos, campos, equipamentos, etc, seja funcional, com uma lojística e eficiência administrativa permite ao atleta um desenvolvimento com suporte e apoio para que este possa se concentrar apenas no seu trabalho de aperfeiçoamento e melhora de desempenho.
  3. A metodologia é o que chamamos de "linha de produção", cada categoria possui metas de treinamento de acordo com as fases sensíveis de maturação do atleta. Essas fase devem ser preenchidas com os devidos conteúdos que vão potencializar a capacidade do atleta de se transformar em jogador profissional.
Todo o restante que possa ser citado está relacionado sempre com um destes 3 pilares citados, se um clube consegue desenvolver seu trabalho de formação em cima deles, a possíbilidade de lucro com revelações é grande.
A equação é simples, pode ser cara, mas dá certo.
O ranking das categorias de base publicada pela revista Trivela demonstra bem este modelo, as 4 melhores se encaixam bem neste perfil.
Observem e confirmem.
Obrigado!!!

terça-feira, 1 de junho de 2010

O fim do preparador físico no futebol

Uma reflexão a respeito dessa função
Wladimir Braga
A modalidade futebol é caracterizada como esporte de tomada de decisão em que todas as capacidades físicas são solicitadas de maneira variável de acordo com momento tático do jogo ou natureza competitiva de cada partida.

No treinamento, ao isolarmos as valências estaremos desenvolvendo o “físico” para aquela exigência treinada de forma isolada, mas não melhorando a performance do atleta para o futebol.

Um atleta veloz, forte ou resistente não necessariamente é um jogador de futebol veloz, forte e resistente.

Sendo assim, para a formação de equipes e atletas, se torna necessário embutir as capacidades físicas em cada variável tática aprimorada e assim eliminar o maior equívoco do treinamento em esportes coletivos: por que realizar periodização física num esporte que é tático? E ainda, num esporte de jogos durante todo o ano, em que momento está o pico de rendimento?

Continuando o raciocínio, as categorias de base do Brasil precisam repensar um acontecimento freqüente: testes físicos.

Os testes não aprovam, não reprovam e não escalam jogador. Definitivamente, se o método situacional de treinamento (jogo) for utilizado, as informações dos testes de nada servirão.

Se o jogador cumpre função tática, o que um teste físico vai nos dizer?

De repente, para o fisioterapeuta, vai ajudar a diagnosticar alguma coisa (velocidade e impulsão).

Assim, a partir do momento em que a periodização tática comanda o processo de organização do treinamento, a forma de treino situacional é utilizada como ferramenta, abordando a capacidade de jogo caracterizada não por parâmetros físicos, e sim pela cognição, podemos concluir que a forma não é física, e sim tática. O componente físico está embutido no tático, é um engano separar.

Desse modo, qual seria o papel do preparador físico tradicional hoje?

Na prática, “atrasar a vida do treinador”, porque os tradicionalistas ainda acreditam no mito da “base aeróbia” como desculpa para colocarem os atletas para trabalhar “fisicamente” no início da temporada e assim cometerem mais um engano: a velha divisão: o físico, o técnico e o tático. Logo, chamam o tático e o técnico de não físico.

Daqui pra frente, esse profissional vai ser alvo de muitas discussões. Cabe a ele acompanhar as mudanças e se moldar às exigências do futebol. Não é o fim do indivíduo e sim a concepção dessa função. Talvez uma forma mais ampla de pensar o futebol será atribuída a esse profissional. Alguém que seja um “link” com as áreas de conhecimento e assim com todos os setores envolvidos na performance da equipe.

Não podemos falar em números para que isso ocorra (cinco, dez ou 15 anos), mas esse profissional vai ter de se aprimorar no treinamento preventivo juntamente com os fisioterapeutas e assim trabalhar na única capacidade física que realmente é treinada de forma pura (força). Talvez seja o único momento em que o atleta treinará de tênis (na sala de musculação).

Ainda sim, esse nome, preparador físico, provavelmente passará a se chamar auxiliar-técnico. O novo auxiliar terá como função trabalhar variáveis táticas isoladas, auxiliar o treinador na elaboração da periodização tática, nos trabalhos técnicos e principalmente, considerando seu conhecimento teórico, ajudar no controle dos conteúdos ministrados (volume/intensidade/objetivo tático).

Portanto, é fundamental que os clubes e os centros de conhecimento repensem o trabalho deste componente da comissão técnica.

* Preparador Físico do Clube Atlético Mineiro e membro do GEAF.
**artigo extraido do site Universidade do Futebol

CRESCIMENTO PROFISSIONAL: QUAL A RECEITA? EXISTE?

Como primeira publicação deste blog, achei importante levantar uma questão que passa pela cabeça de muitos jovens profissionais e até de profissionais experientes. Como administrar uma carreira que para alguns é de futuro incerto e para outros uma aposta arriscada? Como lidar com instabilidade e luta pela inserção no chamado "circuito profissional do futebol"?
Acredito, até o momento, que não há uma única receita, nem um único caminho. Eu comecei com estágios num Colégio com equipes de futsal e futebol como treinador, estou nas categorias de base do Galo Mineiro e espero alcançar níveis mais altos na profissão. Acho que, processo parecido, vive muitos outros jovens profissionais. Mas alguns itens se tornam evidentes e são exigência para chegar onde queremos.
Em primeiro lugar uma meta definida do que queremos, ou seja, para onde vamos. Em segundo lugar, traçar um plano de como fazê-lo, quais são as etapas que precisamos conquistar para chegar ao destino almejado. O terceiro ponto é a aprendizagem constante, o ato de se preparar sempre para as oportunidades que surgirem. Em quarto lugar, mas não menos importante, é o estabelecimento de uma rede de contatos, conhecer pessoas, é preciso ser conhecido, afinal quem não é visto não é lembrado. E finalmente o quinto ponto observado e onde ocorrem os maiores equivocos ou desleixos é saber para onde caminha o mercado, alterações observadas nas funções, bem como as exigências de qualificação, o futebol, apesar de tradicional e cultural sofre mudanças que são invisiveis aos olhos de quem sonha em apenas conquistar uma vaga com alto salário pelo bom relacionamento, as relações mudam, principalmente nos cargos de acordo com o funcionamento da empresa que se move pelas tendências do mercado e da evolução metodologia e tecnologia.
Assim é preciso conhecer, que tipo de formação exige o futebol moderno, que mudanças estão ocorrendo na função em que trabalhamos e em que estágio estamos neste processo para sabermos como direcionar o aprimoramento.